A vivência prática evidencia que não há sucesso sem rejeição. Quanto mais “não” recebemos, mais “cascudos” nós ficamos e isso nos prepara para os “sim” vindouros

Marcelo Pardini

Que estejamos inseridos nas mudanças como líderes, fazendo com que os nossos negócios agreguem valor às pessoas, em conexões cada vez mais sólidas e de trocas sinérgicas

Marcelo Pardini


Treinamento

O sonho dos cavaleiros

O equitador quer um cavalo dócil, manso, tranquilo e, ao mesmo tempo, ativo, habilidoso, ágil e responsivo aos comandos

26/07/2019 - 17:15 | Atualizado em 02/09/2021 - 09:51

O maior sonho dos cavaleiros é ter um cavalo dócil, manso, tranquilo e, ao mesmo tempo, ativo, habilidoso, ágil e responsivo aos comandos. Isso é possível desde que o tratamento para com o animal seja baseado no amor. A maneira como o tratamos certamente influencia nos resultados. Portanto, tenhamos em mente que os primeiros a serem “treinados” somos nós mesmos.

Julgo ser fundamental o respeito mutuo. Ouvimos muitas vezes reclamações sobre cavalos rebeldes, no entanto, quando isso acontece devemos nos perguntar como o animal está sendo tratado? De que maneira foi tocado pela primeira vez? As pessoas a sua volta o tratam com amor? A maneira ideal para acessar um cavalo, sem dúvida, é estarmos convictos do que queremos e, sobretudo, amá-lo e respeitá-lo.

O cavalo só não faz aquilo que requisitamos a ele quando não entende, portanto, cabe a nós sabermos de fato o que buscamos, pois ele aprende por repetição. É preciso saber a hora exata de corrigi-lo, bem como o momento certo para agradá-lo. Seguros do que pretendemos, passando de forma adequada o que almejamos, uma relação de total confiança se estabelece. E a cumplicidade só ganha força.

Márcio Mitsuishi
É preciso saber a hora exata de corrigir e o momento de agradar o cavalo

Muitos confundem medo com respeito. Na realidade, o animal tem que sentir prazer no que faz e não se ver obrigado a realizar determinado exercício. Nem todo cavaleiro tem o discernimento e o bom senso de perguntar: onde estou errando? O por quê essa reação negativa do animal? O fato é que não paramos para pensar que estamos nos relacionando com seres vivos que também sentem, pensam e decidem. O cavalo, sem dúvida, é o nosso espelho. Temos que corrigi-lo e agradá-lo imediatamente após cada situação. A disciplina é necessária e tem que existir, mas, com certeza, os mais disciplinados têm que ser os equitadores, ou seja, nós mesmos.

Temos nossos limites e eles também. Convictos do que queremos, com calma e respeito, saberemos cada vez mais acessar o nosso cavalo, tendo sucesso a cada etapa realizada. Não devemos pular fases, haja vista que alguns respondem imediatamente e outros são tardios, porém todos são acessíveis.

De uma forma geral, os equídeos - asininos, muares e equinos - aprendem por repetição, lembrando que toda ação gera uma reação, por isso é importante decidirmos o que queremos, pois nossas atitudes influenciam diretamente nas respostas deles. Eles foram criados para serem respeitados e, em troca, proporcionam a nós momentos inesquecíveis. Então, que saibamos cuidar, respeitar, amar e aproveitar o que eles têm de melhor a nos oferecer. Só assim a nossa relação será um verdadeiro espetáculo!

Foto cedida
Os equídeos aprendem por repetição - a cada ação nossa uma reação deles

Foto:

Dalva Marques mulhermuladeiraoficial@gmail.com

Dalva Marques é treinadora e jurada de equídeos. Junto ao marido, Silvio Parizi, ela comanda o Rancho Bigorna, em São Sebastião da Grama/SP

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