Não valemos pelo conhecimento que temos, mas sim pelo que somos capazes de produzir com o conhecimento que temos. Além disso, a cada aprendizado, podemos evoluir e produzir mais em menos tempo

Flávio Augusto da Silva

Não existe nada melhor para distinguir as pessoas bem-sucedidas das demais do que a maneira como utilizam o tempo disponível. Você não pode administrar o tempo, sendo assim, administre-se

John Maxwell


Meu Pet

Meu cachorro pode comer comida?

Profissionais de Nutrição animal deixaram de ser radicais quanto ao fornecimento restrito de ração e passaram a formular dietas naturais

17/08/2021 - 16:53 | Atualizado em 10/02/2023 - 11:59

Afinal, o pet pode ou não comer comida? A resposta é: depende. Alguns alimentos, mesmo naturais, podem ser tóxicos para cães e gatos. Outros podem ser oferecidos sem problema algum e até serem considerados funcionais, ou seja, utilizados para tratar alguma afecção. Arroz, mandioquinha, batata doce, inhame, carnes, vísceras, ovos, legumes, folhas e frutas podem ser utilizados para a formulação de dietas para os animais, tornando o momento da refeição prazeroso e com uma palatabilidade imbatível, ou seja, dificilmente tendo resistência em aceitá-los.

Existem inúmeras vantagens em oferecer uma dieta natural para os cães. Dentre elas, uma das principais é a possibilidade de tais produtos não terem corantes, conservantes e aditivos químicos, sendo livres de grãos transgênicos e defensivos agrícolas. A dieta pode ser utilizada também com finalidades terapêuticas, ou seja, voltada para o tratamento de enfermidades, como insuficiência renal, cálculos urinários, obesidade, diabetes, problemas de fígado. O oferecimento de alimentos produzidos com ingredientes de boa qualidade e alto teor de umidade melhora o aspecto das fezes e dos pelos dos animais.

Devemos levar em consideração alguns aspectos no momento de optar pela alimentação natural. É necessário suplementar alguns nutrientes, como Cálcio e vitamina D3, para que, em longo prazo, não ocorram deficiências; deve-se conservar o alimento preparado em geladeira ou freezer por períodos curtos, pois a não utilização de conservantes torna o alimento mais perecível; os ingredientes devem ser utilizados em proporções corretas para que a dieta fique balanceada; o volume diário de comida normalmente é bem maior do que o de ração, e é necessária uma balança de cozinha para o preparo do “prato”.

Àqueles que não querem radicalizar e preferem continuar com a ração: há a possibilidade de oferecer alimentos naturais como forma de petisco. É possível diminuir a quantidade de produtos industrializados e calóricos fazendo substituições - uma cenoura no lugar do bifinho, uma fatia de maçã sem semente em troca de um biscoito, um pedaço de banana ou melancia sem semente ao invés de ossinhos de couro.

Dentro do grupo de alimentos permitidos, lembre-se de que existem variações individuais, ou seja, o que faz bem para um pode não ser adequado a outro, assim como ocorre também com as rações. 

Nunca ofereça uva ou uvas passas; carambola ou abacate; chocolate ou produtos com cacau ou café; não dê macadâmias; nunca ofereça nada com álcool ou adoçantes artificiais; não dê cebola, frutas com caroço nem peixe cru. Cães e gatos não são tão bons digestores de carboidratos como nós, então, nada de pães, bolachas, massas ou doces. Não há vantagem nenhuma em oferecer também produtos industrializados destinados ao consumo humano, como lasanhas, salgadinhos, enlatados, condimentados e embutidos.

É possível alimentar cães somente com comida, desde que a dieta seja supervisionada por um médico veterinário. Muitos profissionais de Nutrição animal deixaram de ser radicais quanto ao oferecimento restrito de ração e passaram a formular dietas naturais, utilizando ingredientes frescos, de maneira balanceada, para alimentar os pets.


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Janaina Biotto contato@vilachicopethotel.com.br

A médica veterinária Janaina Biotto é especialista em Anestesia, Oncologia, Ozonioterapia e Acupuntura. Atende no Vila Chico Pet Hotel, em Botucatu/SP

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