Juliano Paião, da Selaria Nossa Senhora Aparecida, dá dicas de como os competidores devem escolher o equipamento ideal
31/01/2023 - 15:57
A sela é o principal equipamento para o sucesso do equitador nas provas equestres. O propósito de sua armação é encaixar-se adequadamente à região dorso-lombar do animal, funcionando de forma integradora entre cavalo e cavaleiro. Neste sentido, a Agro MP elaborou dicas embasadas nos conhecimentos técnicos e práticos do seleiro Juliano Paião, da Selaria Nossa Senhora Aparecida, que há quase 70 anos desenvolve produtos para os mais exigentes clientes, em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Saiba mais:
O encaixe determina o quão confortável é a sela, especialmente nas competições de velocidade, cujo objetivo é deixar o cavalo solto – movimentos livres, amplos e velozes. Considerando que os produtos tradicionais têm como base a madeira, torna-se imperativo que a armação seja bem ajustada, tanto para o equino como para o competidor.
Competidores amadores, geralmente, optam por selas grandes, cobertas de enfeites, em detrimento a produtos com eficácia comprovada, que contribuem para o sucesso nas provas contra o cronômetro, especialmente na modalidade Três Tambores. A maioria não se atenta ao fato de o equipamento ser individual, fabricado sob medida. “Se a distância entre a cabeça (parte frontal) e a virola (traseira) for excessiva, o cavaleiro se deslocará para frente e para traz, impedindo que o cavalo trabalhe com amplitude máxima, desequilibrando-o, gerando atritos na cernelha (anterior) e no lombo (posterior) do animal, machucando-o”, explica Juliano Paião.
O tamanho correto do assento da sela é de extrema importância para uma boa equitação. “Quando a pessoa se sente confortável, com os pés nos estribos e, estes, devidamente bem posicionados e ajustados, a montaria se torna equilibrada. Em se tratando de competição, isso faz com o equitador sinta prazer, contribuindo diretamente para a sua alta performance”, finaliza Juliano, que é da terceira geração de seleiros da Família Paião.
Quando o assento da sela é grande, os estribos não têm caimento adequado e, consequentemente, o competidor fica com a ponta do pé direcionada para baixo, balançando a perna para frente, fazendo com que o cavalo perca o ponto de equilíbrio. "Antes de adquirir a sua próxima sela, consulte um especialista", reforça o profissional.