A pujança do Agronegócio brasileiro, setor idôneo, que se autorregula, sendo modelo em produtividade para o mundo
12/11/2024 - 13:44
O Brasil que dá certo: assim defino o meio agropecuário nacional. Um setor idôneo, que se autorregula, sendo modelo em produtividade para o mundo. O caipira de outrora atualizou-se e fez de seu árduo trabalho o sustento de uma enorme cadeia econômica-social, sempre valorizando princípios éticos e morais, preservando a fauna e a flora.
Sejamos a mudança que tanto queremos! Aplaudo a paixão do pecuarista, que defende o bem-estar animal, bem como a responsabilidade do agricultor, que investe para aumentar a produtividade num menor espaço de terra. Ambos têm como premissa a preservação do verde e da água. Essa seara é orgulho da nossa nação, a parte que funciona do combalido Brasil. Segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o rebanho bovino tupiniquim é de aproximadamente 224,6 milhões de cabeças, o maior do mundo. Os animais estão espalhados em 170 milhões de hectares de terras, do Oiapoque ao Chuí, uma vez que a Pecuária é a única atividade que está presente em 100% dos municípios brasileiros.
O Brasil, que é “o verdadeiro celeiro do mundo”, através da Pecuária ajuda a manter preservadas 61% das áreas originais de floresta, enquanto a média mundial é inferior a 25%. A pujança do Agronegócio brasileiro parece infindável, mesmo com as desastrosas políticas agrícolas, que não mantêm ações coerentes, tomando novos rumos a cada governo que assume o poder. Ah, se a máquina pública brasileira fosse enxuta e funcionasse só um pouquinho… Faz-se necessário ressaltar os bons tratos e os cuidados para com os animais. É repugnante ver o setor constantemente atacado por políticos corruptos e pseudoativistas, especialmente no atual "desgoverno", usando de meios espúrios para desqualificar uma atividade que, repito, é modelo para países de primeiro mundo. O meio rural é composto por pessoas trabalhadoras, que enfrentam e superam as dificuldades para sustentar o nosso país.
Ainda em termos de contextualização, trago números vultosos sobre a "indústria do cavalo", setor que cresceu mais de 10% ao ano na última década. Em 2016, a movimentação do mercado foi da ordem de R$ 16 bilhões. Segundo a revista IBEqui, do Instituto Brasileiro de Equideocultura, publicada em maio de 2023, tal volume já ultrapassa a casa dos R$ 35 bilhões atualmente. Isso nos permite assegurar que a Equinocultura é maior do que diversas indústrias primárias, como Feijão, Trigo e Algodão. O setor emprega 600.000 pessoas diretamente e mais de 3.000.000 indiretamente. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam a existência de 5,7 milhões de equinos no Brasil, fazendo com que tenhamos o quarto maior plantel do mundo, ficando atrás somente de México (6,3 milhões), China (6,8 milhões) e Estados Unidos (9,5 milhões), respectivamente.
Sou favorável à padronização do bem-estar animal, principalmente em relação às cadeias produtivas. Em relação às provas equestres, digo com todas as letras: não há maus tratos! Vivencio esse meio desde a infância. Ressalto que o cavalo é o melhor amigo do homem (mais sincero até mesmo do que o cachorro). Quando não gosta de você, ele murcha a orelha, dá um chega pra lá com a cabeça e até manda o pé. Mas se gosta, aquele ser enorme, de 500 e tantos quilos, torna-se um parceiro fiel, entregando-se à relação, pronto para ficar ao seu lado sob qualquer condição. Como sei disso? Há centenas de anos o homem aprendeu a se comunicar de diversas formas com os equinos, seja via gestos, sons e sinais. E tal relação só faz melhorar. Engana-se quem pensa que o mercado equestre seja excludente, dominado por abastados. Pelo contrário, a base é formada por pequenos empresários e profissionais liberais, cuja maioria reside nos centros urbanos. O motivo do envolvimento? O amor para com os animais! Sem falar na Equoterapia, disseminada em diversas regiões do país, trabalho que tem o cavalo como agente principal no tratamento de distúrbios e doenças do homem. Mais do que falar sobre dados estatísticos e números econômicos, ressalto que o meio do cavalo é o melhor formador de caráter para as crianças. Nas provas, a meninada lida com pessoas de diferentes credos e classes sociais: aprende sobre compreensão e respeito. Nos torneios, o jovem lida com derrotas e vitórias, trabalha a aceitação e a humildade. E, sobretudo, reconhece limites, os próprios e os do seu amado companheiro de quatro patas.
Em suma, por mais que tentem destruir o Brasil, a parcela nacional do bem - que é encabeçada pelo meio rural, segue trabalhando em dobro, bradando por Justiça, lutando por um país melhor. Eu acredito na força do campo!
Marcelo Pardini é narrador, poeta, jornalista, pós-graduado em Marketing e leiloeiro rural. Titular da marca Agro MP - A voz do Agronegócio